terça-feira, 1 de março de 2016

AS PRINCIPAIS FESTAS JUDAICAS

As festas judaicas, assim como todo o Antigo Testamento, estão relacionados a Cristo e a sua obra. Vamos fazer um breve estudo sobre as principais festas.


Páscoa
A Páscoa é uma Festa que lembra a libertação do povo Judeu da escravidão do Egito, para nós Cristãos, nos lembra de nossa libertação da escravidão do pecado através de Cristo. Jesus é o Cordeiro Pascal definitivo e provido por Deus para a salvação dos homens, conforme profetizado durante todo o Antigo Testamento, desde a queda do homem.
O cordeiro tinha de ser sacrificado no crepúsculo ou no início do entardecer, o horário das 3 da tarde (a hora nona) era a divisão entre a Oblação (oferta) menor e a Oblação (oferta) maior. Jesus foi crucificado às 9 da manhã do dia 14 de Nisan e morreu (expirou) às 3 da tarde (Marcos 15.25), sendo sepultado as 6 da tarde daquele mesmo dia.
Na pessoa de Cristo, essa Festa teve seu cumprimento máximo, na Cruz, onde foi cravada a cédula de nossa dívida com Deus (Colossenses 2.14).
Pães Asmos
A Páscoa é seguida de uma semana de Festa dos Pães Asmos (não levedados). No Antigo Testamento, fermento poderia ser leite; ovo ou qualquer outro ingrediente que, ao ser adicionado na massa, poderia causar a fermentação. Normalmente o fermento é a “levedura”, e a massa se leveda quando é adicionada outra massa contaminada, nessa massa fresca e pura (Gálatas 5.9). O termo fermento ou levedo, no seu sentido mais amplo, é qualquer coisa que pode causar uma mudança numa massa maior. Referente às escrituras, é qualquer coisa que corrompe um ingrediente quando é adicionado.
E no caso de Cristo, o que isso representa? Vejamos:
    • Ele é o pão da vida.
    • Ele não teve fermento.
    • Ele foi açoitado, dilacerado, traspassado e moído por nós. Curiosamente o Matzo (pão sem fermento) é cheio de sulcos na aparência, o Matzo é perfurado para que o calor do forno possa passar por todo seu interior e o Matzo é feito de semente esmagada.
Em Cristo a Festa dos Pães Asmos foi cumprida, pois ele é o Pão da Vida sem fermento, do qual devemos nos alimentar continuamente para termos vida e vida em abundância.
Primeiros Frutos (Primícias)
Durante o ano existiam alguns sábados (“Shabat“) extras conhecidos como “Shabaton” ou como “O Grande Shabat“. Esses sete “Shabaton” extras caíam em dias especiais do calendário e não exatamente nas noites de sextas-feiras. O primeiro Shabaton do ano é no dia 15 de Nisan. No ano em que Jesus morreu, o dia 15 de Nisan caiu numa quinta à noite e na sexta de dia. Portanto, houve dois Shabats, um logo após o outro, ou seja, um Grande Shabat para a Páscoa, no dia 15 de Nisan, e o outro no dia 16 de Nisan que foi um Shabat normal celebrado na sexta a noite e no sábado durante o dia. Isso só pode ser encontrado no Novo Testamento somente se for lido no grego em Mateus 28.1 onde a palavra traduzida para Shabat é, na verdade, Shabaton e indo atéMarcos 15.42 encontramos o texto dizendo claramente que “e portanto era o Dia da Preparação, isto é a véspera do sábado (Shabat), …”, veja também Mateus 26.62 e João 19.31. O “Dia da Preparação” refere-se a qualquer dia da semana, em qualquer data, antes de um Shabat.
A Festa dos Primeiros Frutos ou das Primícias teve seu cumprimento em Cristo através de sua ressurreição nesse dia, sendo assim Ele é o primogênito entre os mortos (Colossenses 1.18) para a vida eterna, Ele foi feito a primícia dos que dormem (1 Corintios 15.20). As manifestações descritas em Mateus 27.52-53 foram as Primícias de Cristo oferecidas a Deus Pai, aqueles santos que ressuscitaram foram os primeiros de uma imensa colheita que está para acontecer. A Festa das Primícias é a terceira e última Festa que Jesus cumpriu pessoalmente na Terra. Jesus estava presente fisicamente na Páscoa, nos Pães Asmos e nas Primícias. Ele subiu (ascendeu) ao céu depois de 40 dias, 10 dias antes do Pentecostes. Ele ainda virá fisicamente cumprir mais três Festas.
Pentecostes
Depois das Primícias conta-se o Omer (feixe), a contagem dos 50 dias é chamada de “contando oOmer“, contando os feixes. A nação de Israel ressuscitou quando saiu das águas do Mar Vermelho e 50 dias depois Deus deu a eles a Lei, a Torah. Jesus ressuscitou e 50 dias depois Deus nos concedeu o Ruach Ha’Kodesh (o Espírito Santo). Ambos os casos citados tem o mesmo propósito (João 16.13 e Gálatas 5.22-23).
A Festa hebraica é chamada Festa do Shavuot. Shavuot significa “semanas” e se refere as semanas que estão entre as Festas das Primícias e do Pentecostes. Nas Primícias, um feixe de “grãos ázimos” era movido perante Deus, exatamente como Jesus, sem pecados, foi movido (levantado) diante do Pai. No Shavuot, dois pães levedados (porosos) eram levantados diante de Deus. Já que os dois pães contem levedura (fermento), o que eles representam? Os dois pães são as duas partes da Igreja, a judia e a gentia, mas ambas contem pecado. O término dessa quarta Festa traz o encerramento das Festas das primeiras chuvas, as chuvas temporãs. Jesus falou sobre o Pentecostes em vários momentos, inclusive no dia de sua ascenção (Atos 1.4-9).

Podemos resumir as 4 primeiras Festas da seguinte forma:
Páscoa: Convocação pela morte do Messias.
Pães Asmos: Convocação pelo sepultamento do Messias.
Primeiros Frutos (Primícias): Convocação pela ressurreição do Messias.
Pentecostes: Convocação pela nomeação e delegação de poder ao povo dado pelo Messias.
Vamos observar agora as 3 Festas seguintes, relacionadas as últimas chuvas, a chuva serôdia, que estão para se cumprir. Como vimos nas 4 primeiras, Deus zela pelo cumprimento das Festas de acordo com seus significados e podemos esperar fatos relevantes também para as Festas de outono.

Trombetas
O dia 1 de Tishrei inicia a Festa das Trombetas ou Yom Teruah (O Dia do Estrondoso Despertar) ou ainda o Rosh Ha’Shanah (Cabeça do Ano, o dia do Som do Shofar). Essa é a única Festa que começa com a Lua Nova. O Shofar tinha suma importância na celebração do Ano do Jubileu. Como todos os meses do calendário, o primeiro dia de Tishrei começa com o brilho de uma lua nova. Os vigias no oriente de Israel ficavam observando até que surgisse o primeiro raio ou sinal da lua nova e esse sinal era transmitido rapidamente de vigia em vigia até chegar no Templo. O sacerdote ficava em pé no parapeito a sudeste do Templo e soava o Shofar para que fosse ouvido em todo vale ao redor. Assim que o sacerdote soava o Shofar, os tementes a Deus, verdadeiros servos, interrompiam imediatamente a colheita, mesmo que ficasse ainda mais para ser colhido, deixavam tudo lá mesmo, no campo. Era época de trigo e eles paravam tudo e se dirigiam para o Templo, para adoração do dia de ano novo, a Festa das Trombetas.
Jesus usou essa ilustração para descrever a sua Segunda Vinda. Paulo associa claramente o “soar das trombetas” com a Segunda Vinda de Cristo sobre as nuvens (1 Tessalonicenses 4.16-17 e 1 Coríntios 15.51-52). Isaías associou o uso do Shofar com a vinda do Messias (Isaías 51.9 e 60.1). Paulo associou o despertamento estrondoso com o Shofar e com o arrependimento dos pecados e citou Isaías 60.1 em Efésios 5.14-17.
Rosh Ha’Shanah é também chamado de Yom Ha’Din, o Dia do Juízo, uma época em que as cortes celestiais se reúnem e fazem uma análise completa da vida de cada pessoa. Os 30 dias de Elul, antes do primeiro dia de Tishrei é, então, tempo de se voltar para Deus e os 10 dias que precedem ao Yom Kippur (Dia do Temor, Expiação), são chamados de Dias de Temor ou “Os Dias Terríveis”. Exatamente como o Judeu faz anualmente, vemos que precede o encerramento do Rosh Ha’Shanah e que inaugura o “Dia do Senhor” (Sofonias 2.1-3). Uma curiosidade relevante, os rabinos ensinam o seguinte:
  1. No Rosh Ha’Shanah cada pessoa é julgada.
  2. Deus abre três livros e todos aqueles que tinham se voltado para Ele, seus nomes estavam escritos no Livro dos Justos.
  3. Depois disso Deus divide o restante em dois grupos:
a) O primeiro grupo é o Rashim (completamente iníquo) e seus nomes são escritos no Livro dosRashim, um livro que contem os nomes daqueles que são totalmente ímpios. O destino dos Rashimé selado no Rosh Ha’Shanah porque eles rejeitaram, por suas próprias escolhas, a salvação provida por Deus pelo Seu Messias.
b) O segundo grupo é chamado de Intermediários. Esse é o maior grupo e que nem é considerado justo ou completamente iníquo. A esse grupo é dado 10 dias a mais para se arrepender, antes do início do Yom Kippur. Se eles se arrependerem até o Yom Kippur, então seus nomes são escritos no Livro dos Justos, mas se não, vão para o Livro dos Completamente Iníquos. O destino de cada um é determinado no Yom Kippur.
Expiação
A palavra expiação, kipper, literalmente significa “cobertura do pecado”. A oferta pelos pecados oferece o perdão de Deus ao ofensor, uma expiação pelo pecado. O Yom Kippur ocorre no dia 10 de Tishrei e é o dia de adoração mais solene e mais sagrado no Judaísmo. Ele é chamado de “O Sabbath dos Sabbaths”. Esse é o dia em que todo Israel chora por seus pecados. Esse é o único dia do ano em que o sumo-sacerdote entra no santíssimo lugar ou “santo dos santos”, o lugar mais sagrado.
Deus revelou Sua intenção de que o Yom Kippur deveria ensinar o perdão de todas as dívidas; a libertação daqueles que estavam em algum tipo de servidão e o retorno das possessões. Quando Ele instituiu o Ano do Jubileu, a cada 50 Yom Kippur teria que ser um jubileu mesmo, ou seja, um júbilo. Era uma prática que deveria começar 50 anos depois de sua instituição, no entanto essa celebração ainda não foi realmente celebrada de verdade. Israel ainda aguarda a celebração completa do seu primeiro Jubileu, que vai acontecer quando o Messias retornar.
Yom Kippur, ou Dia da Expiação, vem da palavra Kaphar que quer dizer “cobrir”. Jesus é a nossa propiciação ou cobertura, Ele é a nossa expiação que apaga completamente os nossos pecados.
Tabernáculos
A Festa dos Tabernáculos ou Sukkot é também chamada de “Festa das Tendas” ou “Festa das Cabanas” (Sukkahs). A Festa do Senhor e a Festa do Recolhimento da Colheita. Essa é a terceira das Festas da colheita, uma grande temporada de júbilo e alegria. Começa 5 dias após o Yom Kippur, no dia 15 de Tishrei, na lua cheia e dura 7 dias. A Festa comemora a provisão e o abrigo de Deus durante o êxodo e ilustra Sua habitação no mundo porvir, a Nova Jerusalém. A Festa dos Tabernáculos continuará a ser celebrada durante o reino milenial de Cristo (Zacarias 14.16-19).
O sétimo dia da Festa dos Tabernáculos foi chamado de Hosha’Na Rabba, que significa o Dia da Grande Hosana. Assim como todos os dias os sacerdotes derramavam água no Templo durante a Festa dos Tabernáculos, Jesus também se colocou no monte do Templo e declarou ser a verdadeira Água da Vida, a Vida no Espírito, estava sendo derramada de dentro Dele mesmo. Durante a Festa dos Tabernáculos, o Monte do Templo ficava impressionantemente iluminado com muitas tochas e lanternas. No Templo completamente iluminado Jesus declarou ser Ele mesmo a verdadeira Luz. Essas tradicionais alusões à água e à luz, como aqui mencionados, lembram parte do descritivo da Nova Jerusalém que desce do céu, conforme está escrito no livro de Apocalipse 21.9-27.

Jesus em pessoa é o nosso Sukkot, nosso verdadeiro tabernáculo que habitará perpetuamente entre os homens.

O CRENTE E O FRUTO DO ESPÍRITO

O CRENTE E O FRUTO DO ESPÍRITO 



“Quero ser igual a Jesus, caminhar seguro na luz. Conhecer ao Pai e fazer Tua vontade; tudo aquilo que Jesus aqui fez, também quero eu fazer...”. 

 Este cântico é uma verdadeira oração. E, que sem dúvida todo o crente deve fazer e buscar viver em sua vida. Esta realidade Deus a quer para as nossas vidas. (Ef. 4.13) Mas questiona-se: como vivê-la? Como imitar a vida de Cristo? 

Ao entender a função do Espírito Santo, o crente poderá responder a estas perguntas. Na proclamação da promessa do Espírito Santo (João 14.16), Jesus também revelou um pouco de sua função, em especial na vida do crente. 

Em João 16.14, encontramos o resumo da função do Espírito Santo no mundo. Entendemos pelo texto, que o Espírito Santo veio para “glorificar ao Senhor Jesus Cristo”. Desde o toque no coração do pecador, onde ele se converte (João 16.8-11), até sua capacitação na vida cristã, (Rm 8.11-16), o objetivo final do Espírito Santo é glorificar o nome do Senhor Jesus Cristo. 















O Crente é o templo do Espírito Santo. (Ef.1.13,14) ao permitir ser controlado pelo Espírito Santo, esse crente estará produzindo o Fruto do Espírito. Em Efésios 5.18 lemos: “Enchei-vos do Espírito”. o contexto bíblico é que o crente deve “deixar-se encher”, e isto se dá através das santificação de sua vida, e assim alcançará a Plenitude do Espírito. Vivendo esta realidade ele produzirá o Fruto do Espírito. Já na expressão “não vos embriagueis com vinho”, a realidade é oposta. Nela o pecado abunda. Para entendermos, esta expressão fala do embriagar de nós mesmos. Com certeza a carne estará falando alto e o pecado reinando nesta vida. Fruto do Espírito Santo, Dom do Espírito Santo e dons do Espírito Santo são distintos. 

• O DOM DO ESPÍRITO SANTO – É o próprio Espírito que recebemos quando cremos e aceitamos o Senhor Jesus como nosso Senhor e Salvador pessoal. (At.2,38; Ef.1.13) 

• Dons do Espírito – “São as capacitações especiais que o Espírito confere aos crentes para a realização de ministérios específicos na igreja e no serviço cristão”1 

• O Fruto do Espírito Santo – É o tema da lição de hoje. 

VERDADES NA VIDA DO CRENTE QUE NÃO PRODUZ O FRUTO DO ESPÍRITO 

• São comparados como crianças em Cristo.(I Co. 3.1-3). 

• Vivem segundo a carne. (Rm 8.8) • Não amam a Palavra de Deus. (Jo.14.23) 

• Não vivem em oração. (I Ts 5.17) • Não cumprem o ide de Cristo. ( At.1.8) 

• A adoração é o louvor deste crente não agrada a Deus. (Hb 13.15) 

• O pecado continua imperando. (Rm 6.6; Cl 3.3) 

• Não se consagra a Deus. ( Rm 2.1,2) 

• Não vive na alegria da Salvação. (Sl 51.12) 

No viver deste crente carnal a realidade será a produção das obras da carne. (Gl 5.19- 21) mas, na vida do crente espiritual, há a produção do “Fruto do Espírito.” (Gl 5.22,23) O caminho para esta vitória é: Santificação, consagração de vida a Deus, o que sem dúvidas levará o crente a uma vida abundante e assim chegar a plenitude do Espírito para que o Fruto do Espírito possa se manifestar. A Bíblia diz “Fruto” e não “Frutos”. Esta é a verdade de um único Fruto que se manifesta em nove virtudes que são inerentes da Pessoa do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e que o Espírito santo procura manifestar na vida do Crente. 

 Vamos ler Gálatas 5.22,23. 

1- AMOR – Este é o amor de Deus, o ágape. ( João 3.16) o amor altruísta. Ele pode amar até os inimigos. Este amor é concedido ao crente no ato da conversão e recebimento do Espírito de Deus. (Rm 5.5) Esse amor é Vertical (Deus) e Horizontal (Próximo). (Mc 12.30,31) “O amor é a base de todo relacionamento perfeito no céu e na terra.”2 (I Jo 4.7-12) Jesus é o nosso exemplo: Mc 10.21; Jo 11.33-36; Lc 23.34 

2- ALEGRIA – Esta é a alegria que vem do Senhor, independente das circunstâncias. (Jo 16.22) É experimentada na vida do Crente, através da certeza que ele tem de que foi liberto pela Graça de Deus. (Jo 8.32; 8.36). 

Jesus é o nosso Exemplo: Jo 15.11 

3- PAZ – O que é Paz? “Paz é uma atitude de serenidade, calma e força, tranqüilidade e quietude de espírito, produzida pelo Espírito santo, mesmo na adversidade e nas tribulações.”3 Esta paz é prometida ao Crente por Cristo. (Jo 14.27) Ela vem do amor a Palavra de Deus. (Sl 119.165) O crente precisa buscar esta paz. (Sl 34.14) Jesus é o Exemplo: João 14.27, 16.33 

4- LONGANIMIDADE – É a qualidade vivida pelo Crente que produz o Fruto do Espírito, onde Deus lhe concede a perseverança necessária diante das pessoas que erram e pecam lutando contra este servo de Deus. A longanimidade leva o crente a esperar que estas vidas sejam transformadas pelo poder de Deus. O Crente deve andar com longanimidade (Ef.4.2) e revestir-se de longanimidade. (Cl 3.12). Jesus é o nosso Exemplo: Lc 9.51-55 

5- BENIGNIDADE – A palavra benignidade está associada a idéia de bondade, brandura; está ligadas também ao amor, compaixão e misericórdia. (Ef. 4.32) Deus é Benigno (Lc 6.35). Jesus é o nosso Exemplo: Lc 7.36-50 

6- BONDADE – Bondade é a qualidade de bom. Deus é o maior exemplo de bondade. Esta qualidade que ó Espírito concede ao servo de Deus, é exercida através da generosidade em ação em relação ao seu semelhante. (Ef. 4.32). 

7- FIDELIDADE – Fidelidade vem da palavra “fiel”, que quer dizer leal, honrado, verdadeiro, que não falha. Daí também, pensarmos na confiabilidade total, na lealdade absoluta. Aquele que é digno de confiança. Devemos ser fieis a Deus, Sua Palavra e ao nosso próximo. Deus é Fiel. (Sl 119.90), a fidelidade do Crente deve ser até a morte. ( Ap. 2.10). Jesus é o nosso Exemplo: Ele foi fiel a Palavra do Pai. (Mt. 26.52-54) A obra do Pai. (Jo 9.4) E à vontade do Pai. (Lc 22.42). 

8- MANSIDÃO – Na mansidão a força e a brandura estão juntas. Traz a idéia de serenidade, tranqüilidade. A Bíblia diz que “os mansos herdarão a terra”... (Sl 37.11). O Crente deve andar em “toda a humildade e mansidão”. (Ef. 4.1,2). Deve também estar revestido de mansidão. (Cl 3.12) Jesus é o nosso Exemplo: Mt. 11.28,29 

9- DOMÍNIO PRÓPRIO – Ao exercer o Crente o domínio próprio, evidencia-se o autocontrole. A autodisciplina, a temperança e a moderação. Nos momentos conflitantes onde normalmente onde se perderia o controle, todo o querer pessoal deste crente fica sob o domínio de Cristo. (Fl 4.5) Jesus é o nosso Exemplo: Lc. 23.6-11; Mt. 26.63-68. 

Conclusão: Para sabermos se na vida do Crente a Plenitude do Espírito é real, é necessário que se observe se nesta vida há a manifestação do Fruto do Espírito. Em Gálatas 2.20, lemos que já não é mais o Crente que vive, mas Cristo vivendo nele. Quando Cristo reina soberanamente na vida do Crente, sem dúvida ele produzirá o Fruto do Espírito. Que possamos buscar no Senhor o crescimento espiritual para atingirmos a Plenitude do Espírito e produzir o Fruto do Espírito em nossa vida diária, e assim o nome do nosso Senhor Jesus Cristo ser glorificado pelo nosso viver. (Mt. 5.16) 


By Pr. Waldyr Silva do Carmo. 


BIBLIOGRAFIA: - Bíblia Sagrada. - Maturidade Cristã – J.M.N. – JUERP. 14.ed.

SALVAÇÃO: MÉRITO OU GRAÇA ?

SALVAÇÃO: MÉRITO OU GRAÇA ?
Por Brain Maiden





Praticamente todos os sistemas religioso, com exceção do Cristianismo, são, em escala maior ou menor, religiões de méritos e de obras. Eles invariavelmente nos apresentam maneiras pelas quais podemos nos salvar a nós mesmos: uma lei a guardar, um ensino a seguir, rituais a cumprir, sacrifícios a oferecer. O homem ganha sua salvação através de esforços religiosos ou morais, de um tipo ou de outro. O Cristianismo, porém, é uma religião de graça, ou seja, é impossível merecer a salvação: mas ela é recebida como um presente gratuito, imerecido e indevido, da parte de um Deus amoroso e misericordioso. O evangelho proclama que Deus salva, aceita e perdoa as pessoas tal como se encontram, em sua falta de mérito  e em sua culpa. Nada podemos fazer para merecer o favor de Deus. Apenas nos aproximamos dele e confiamos em sua misericórdia.
É óbvio que isso não significa que o cristão não se interesse em fazer o bem.  O Novo Testamento é explícito em afirmar que um crente em Cristo deve ser “zeloso de boas obras”, mas isso porque ele é um cristão, e não a fim de se tornar um cristão. Deus salva os pecadores simplesmente porque deseja fazê-lo, e ele o faz através da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A tentativa de acrescentar algo à graça de Deus ou à obra de Cristo através de esforços pessoais para alcançar a retidão pessoal é o que de mais prejudicial existe. A única maneira de sermos salvos é quebrando e despedaçando nossa atitude de retidão pessoal e de autoconfiança, e nos aproximando, humildes e arrependidos, de um Deus de misericórdia e graça. Essa é geralmente a coisa mais difícil que há para nossa natureza orgulhosa e auto-suficiente.
As diversas religiões do mundo se opõem diametralmente a isso.  O hindu alcança a “libertação” através da meditação, da disciplina e da devoção. O budista theravada alcança a salvação pessoal ao vencer todo “desejo”, como conseqüência de seguir as quatro honoráveis verdades e a senda óctupla. O Islamismo é também, em grande parte, uma religião de obras. Tive o privilégio de conversar sobre a fé cristã com muçulmanos devotos, sauditas e kwaitianos. Ao abordar a questão do perdão, invariavelmente me garantiram que Alá, de fato, perdoava os pecados; mas jamais encontrei um muçulmano que pudesse dizer, com segurança, que todos os seus pecados haviam sido perdoados e que ele iria para o céu. Parecia que Alá perdoava aqueles que mereciam ser perdoados. A glória da fé cristã reside em que Deus perdoa gratuitamente aqueles que não merecem ser perdoados e que não conseguem erguer um único dedo para se ajudarem a si mesmos.
A mensagem do Novo Testamento é que nossa salvação é alcançada inteiramente, não por nós, mas por Deus. Não é uma questão de encontrarmos Deus, mas sim de Ele nos encontrar. É por essa razão que, ao contrário dos seguidores de muitas outras religiões, o cristão pode Ter certeza absoluta de sua aceitação definitiva por parte de Deus, e de sua entrada no céu. Enquanto os outros só podem contar com a esperança de terem “feito o suficiente”, o cristão pode Ter o conhecimento certo e seguro de que “Deus já fez tudo” por ele, através de Cristo.

Temos, portanto, de decidir entre o Cristianismo e todas as demais religiões. Ou nós mesmos nos esforçamos para que Deus nos aceite, ou Deus, na Sua misericórdia, nos aceita e nos salva do jeito que somos. É uma diferença fundamenta. E é impossível que ambas as colocações sejam igualmente certas.

UMA REFLEXÃO SOBRE SANTIDADE


Santo em Publico, Demônio em secreto
(Charles Haddon Spurgeon)






Se uma panqueca não for virada, ela ficará crua de um lado. Em diversos aspectos, alguns crentes são semelhantes a uma panqueca não virada. Eles têm áreas em suas vidas que não foram tocadas pela graça de Deus. Embora houvesse algumas obediências parciais, também existiam muitas rebeldias.
Alma minha, eu ordeno que você verifique, se este é o seu caso. Você tem um coração completo nas coisas do Senhor? A graça de Deus, por meio de suas obras, penetrou até ao âmago do seu ser, em todas as suas forças, ações, palavras e pensamentos? Ser santificado em seu corpo, alma e espírito deve ser o seu alvo; e embora a santificação em você possa não ser perfeita em grau, ainda assim deve ser geral quanto a ação.

Não pode haver aparência de santidade em uma área e entrega ao pecado em outra; pois, deste modo, você será um pão que não foi virado. Um bolo não virado logo queima no lado mais próximo ao fogo, e embora nenhum homem possa ter religião em demasia, há alguns que parecem bastante queimados com zelo fanático pela parte da verdade que receberam, ou são reduzidos a carvão com uma ostentação farisaica daquelas atitudes religiosas que se ajustam ao seu caráter.

Amam dizer que jejuam, se esforçam para mostrar o que fazem, amam cobrar do outro as mesmas atitudes, ama assentar-se em primeiros lugares, adora estar no púlpito, etc.

Nosso testemunho deve ser, principalmente o testemunho da humildade e do novo nascimento em Cristo em uma vida genuinamente cheia do Espírito Santo e cheia da Palavra de Deus (cheia da essência do Evangelho). A consequência disso será, enfim, uma vida de exemplo. Exemplo tanto para a congregação (igreja), tanto para o mundo.

Só assim mostramos o Cristo vivo ao mundo: numa vida realmente cheia do Espírito Santo em genuína e sincera santificação.


A suposta aparência de santidade superior acompanha frequentemente uma completa ausência de piedade vital. Às vezes, aquele que é santo em público é um demônio em secreto. O pão que está assado de um lado pode ser massa crua do outro lado.



O Senhor, se isto acontece comigo, vira-me! Vira a minha natureza não santificada para o fogo do teu amor, permitindo-a sentir o calor sagrado. Faze com que meu lado já tostado esfrie um pouco, enquanto aprendo de minha própria fraqueza; e deseje aquecimento, ao estar longe de tua chama celestial. Não permita que eu seja um homem de coração dividido, e sim que esteja completamente sob a poderosa influência da tua graça dominadora. Sei que, se me deixares como um pão que não foi virado, sem ser objeto da tua graça, terei de ser consumido para sempre nas chamas eternas (ver Isaías 33.14).